Presidente da Coopaibra, Felisberto Cupudunepá e visita técnica em aldeia assistida pela cooperativa
A atuação dos povos indígenas na agricultura em 2025 no Brasil reflete uma combinação de resistência cultural, inovação e adaptação às mudanças globais. Aqui estão algumas tendências e expectativas:
Fortalecimento da Agroecologia eSustentabilidade
- Práticas Tradicionais: Os povos indígenas têm uma relação ancestral com a terra e utilizam técnicas sustentáveis como policultura, agroflorestas e sistemas agroecológicos. Em 2025, é esperado que essas práticas ganhem ainda mais relevância como modelo de agricultura regenerativa.
- Carbono e Clima: Com a crescente valorização de práticas que mitigam as mudanças climáticas, os sistemas agrícolas indígenas, que preservam a biodiversidade e sequestram carbono, devem atrair mais atenção global.
Protagonismo em Mercados Sustentáveis
- Produtos Indígenas: A demanda por produtos cultivados de forma sustentável (como castanhas, frutas nativas, mel e medicamentos naturais) deve crescer. Isso pode levar ao fortalecimento de cooperativas indígenas e acesso ampliado a mercados, incluindo exportações.
- Certificações: Produtos com certificação de origem indígena ou sustentável devem conquistar maior espaço no mercado nacional e internacional.
Tecnologia e Conhecimento Tradicional
- Agricultura Digital: O uso de tecnologias digitais, como drones, sensores e apps, pode se combinar com o conhecimento indígena para otimizar o manejo de terras sem comprometer os métodos tradicionais.
- Biotecnologia e Pesquisa: A contribuição indígena para a biodiversidade pode ser cada vez mais reconhecida em iniciativas como bancos de sementes crioulas e parcerias com universidades.
Educação e Empoderamento
- Formação Técnica: Cresce o número de jovens indígenas que buscam educação técnica e superior em áreas como agronomia e engenharia ambiental, retornando às comunidades para aplicar esse conhecimento.
- Políticas Públicas: Programas como o PRONAF Indígena e iniciativas do FUNAI e do Ministério da Agricultura podem ampliar o suporte técnico e financeiro para fortalecer a agricultura indígena.
Papel na Segurança Alimentar
- Resiliência Local: As práticas agrícolas indígenas têm potencial para contribuir diretamente com a segurança alimentar em suas comunidades e em regiões próximas.
- Modelos Inspiradores: O Brasil pode aprender com a gestão de recursos naturais indígena para enfrentar desafios globais como a fome e a degradação ambiental.

Aldeia 3 Buritis, chefiada pelo Cacique Tapi Kayabi e que participa de programa para Agricultura Familiar no município de Querência, com produção de abacaxi, melado, mandioca e rapadura. A comunidade está em expansão da produção e tem como objetivo alcançar mercados fora da cidade.
Se os povos indígenas tiverem acesso a políticas públicas robustas, autonomia territorial e valorização cultural, eles continuarão a ser pilares essenciais na construção de uma agricultura mais sustentável e justa em 2025.